em torno, ilhas (imagens de Philippe Enrico e textos de Martine Kunz. Em curso)
imagens numéricas realizadas a partir de papéis pintados (acrílico) sobre folhas de jornais, entre outro. 2012-
(seguem 9 imagens/textos dos 18 projetados inicialmente na ilha de Madeira)
 
"em torno, ilhas" — 20 anos depois de "em torno das ilhas"— é um trabalho em coautoria, oriundo de uma correspondência entre Martine Kunz (que mora e trabalha em Fortaleza-CE) e Philippe Enrico. Uma reflexão por uma imagem enviada, um enquadramento diferente por uma palavra dada. Uma primeira serie dessa troca de sinais foi apresentada no 5º Congresso Internacional da Universidade da Madeira e Réseau Européen d’Études Littéraires Comparées (REELC-ENCLS), intitulado Ilhas e continentes: (re) construções identitárias (Ilha de Madeira, setembro de 2013). É a ideia de Deleuze que lhes serve de guia “Sonhar com as ilhas... é sonhar que, mais uma vez partimos do zero, recriamos, recomeçamos.”1
[1] DELEUZE, Gilles. Causes et raisons des îles désertes. In : L’île déserte et autres textes. Paris : Les Éditions de Minuit, 2002. p.12




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le long collage ("a colagem comprida", vista numérica parcial)
técnica mista, colagens sobre foam board preto, 60 x 84 cm cada "folha"
(série em curso de 9 x 9 = 81 elementos), 2009-
Paul Valéry, em Robinson de Histórias quebradas:

" — Na verdade, o quê tem de mais estranho a um criador do que
a totalidade da sua obra? Não chegou a conhecer mais do que as
intenções parciais, e os pedaços, e os graus, e a percepção do que
ele elaborou fica completamente outra do que aquela relativa a
um trabalho inteiro e acabado, e entende da sua perfeição só as
aproximações, as tentativas."



monotipos élitros (vista numérica parcial)
nanquim e acrílico sobre papel, 28 x 20 cada folha
(série de 9 élitro x 9 = 81 monotipos), 2008-2009


O vínculo com os monotipos da montanha Santa Vitória, além da técnica da
monotipia — uma impressão única — vem pelo meio de um inseto (morto, sempre,
mas sem caça, sem depredação), o Grande Formigaleão (Palpares libelluloides) visível

durante o verão provençal
voando sem muito jeito no pé da serra e que se torna
por aqui "a asa" da série "paisagens falsos".



monotipos élitros
nanquim e acrílico sobre papel, 28 x 20 cada folha, 2008-2009


dos élitros aos signos
élitros de coleópteros, acrílico sobre papel e papel impresso, 18 x 78 x 5 cm, 2007


os signos coloridos
acrílico (com pigmentos fosforescentes) sobre papel, 91 x 65 cm , 2007


81 signos (em curso)
cimento e pigmentos coloridos, 39.2 x 39.2 cm max. cada peça, 2006

Anotado essa frase do escritor Roger Caillois que dizia que
"o mundo abonda em alfabetos em desuso cujo código está perdido".
Achar novamente a referência desse pensamento…


escrever
tiragem numérica, 70 x 50 cm, 2007
(a ser visto com óculos coloridos, verde à esquerda, vermelho à direita)

As palavras surgem as vezes na origem de um projeto, como para
fixar o essencial de uma idéia a ser desenvolvida
: são poucas a ter emergido,
medidas, sob a forma aparente de um poema.
Chamamos esses poemas:
poemas de ateliê ou também
utopias de ateliê.